sexta-feira, 16 de julho de 2010

Pablo Picasso

Primeira comunhão, 1895-6.

A bebedora de absinto, 1901.

A tragédia, 1903.

Pablo Picasso (1881-1973) é um pintor de diversas fases, diversas escolas e diversos interesses. Ele sai do realismo, passa pelo expressionismo e cubismo até atingir a pintura naïf. Ele costumava dizer que pintava como um velho quando era criança, e como criança quando era velho.

Particularmente, não me interessa a fase cubista de Picasso (apesar do caráter mitológico que muitas vezes a invade) e nem tampouco as suas pinturas que mais parecem coisas de criança. O que me atrai na pintura de Picasso são suas fases rosa e azul. Principalmente a fase azul.

Na fase azul descobrimos um Picasso introspectivo. A densidade que ele atinge usando o azul é uma coisa impressionante. A melancolia perpassa de cima a baixo suas composições que nos trazem este antagonismo intrigante: a leveza e solidão da melancolia em contraste com o sofrimento e desolação que ela produz.

Picasso era um artista muito ciente de sua arte e do alcance de suas idéias. A solidão que sempre o acompanhou como artista – com a rara exceção de Paul Cézanne – o ajudou a elaborar este mundo particular que povoa seus quadros.

Na fase rosa encontramos um Picasso totalmente diferente. Arlequins, palhaços, acrobatas e dançarinos - que compõem um mundo circense – possuem o poder de demonstrar a transição do artista. Não é mais a melancolia que rege a composição, mas sim o distanciamento de pessoas que aparentemente deveriam estar juntas.

A busca constante de Picasso pela ingenuidade da infância se faz presente nesta fase, mas de um modo que ele mesmo reconhecia ser diametralmente oposto à ingenuidade da infância. Como todo grande artista, Picasso possui coisas que gostamos e outras não. Seja como for, o seu gênio maior reside numa produção constante, ardente, diversificada e inovadora.




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Um comentário:

  1. Picasso, realmente é um artista maravilhoso !

    admiro bastante suas fazes azul e rosa , porém acredito que é no cubismo onde ele mais expressa sua identidade ; Na obra Guernica , me transparece uma revolta com a situação e tudo bem nítido e encantador !
    outra que gosto muito também, é a "O beijo"

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